Festa: Kim Ann Foxman
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Já passou mais de uma década desde que o colectivo nu disco Hercules and Love Affair tomou a scene de assalto. Um dos membros que mais sobressaiu nessa formação mutante foi Kim Ann Foxman, cujo percurso global começou como vocalista do grupo. Hoje, brilha mais do que nunca como artista a solo. Nascida No Hawaii, cresceu enamorada com hip hop e RnB até ir estudar para São Francisco, onde descobriu a cultura rave. Durante essa fase gravou um sem-número cassetes e começou a comprar vinil antes de se mudar para Nova Iorque, onde se estreou como DJ e começou a sua própria noite, a hoje lendária The Hole. Foi aí que aperfeiçoou a técnica e refinou o tacto para seleccionar música em contexto de clube.
As suas produções são um olhar único para a house construída com a pista de dança em mente: simultaneamente originais e icónicas, são faixas que celebram a liberdade de sermos exactamente quem somos. Como disc jockey, colecciona um arsenal de armas secretas, desenterradas em autênticas sessões de arqueologia sónica em caves Nova Iorquinas. Um dos seus maiores prazeres é partilhar essas descobertas com o seu público, com quem constrói uma relação de confiança e intimidade: para Kim Ann Foxman, cada faixa num set conta. Não toca fillers.
Para completar o seu quadro sónico à medida dos seus sonhos, fundou recentemente a editora Firehouse. Inspirada pelo seu amor pela tradição da house de Nova Iorque, do freestyle ao garage, este é mais um output criativo onde não se deixa formatar pelo espectável. O seu discurso não podia ser mais claro: "quero que a minha editora represente música que não é linear e chata. A Firehouse é dinâmica e estranha".
Vamos celebrar juntos essa estranheza boa de Kim Ann Foxman - da era dourada da música de dança mais crua e autêntica até ao seu futuro mais avançado e certeiro, podemos confiar no sentido de orientação desta nossa guia.
\\ ENGLISH VERSION //
It's been over a decade since nu disco collective Hercules and Love Affair took the scene by storm. One of the stand-out members of the ever-changing formation was Kim Ann Foxman, whose global path started as the group's vocalist. Today, she shines brighter than ever as a solo artist. Born in hawaii, she grew up listening to hip hop and RnB until she moved to San Francisco, where she discovered rave culture. During that time, she recorded numerous tapes and started to buy vinyl before she moved to New York, where she debuted as a DJ and starter her own night, the legendary The Hole, where she perfected her technique and refined her sensibility to select music in a club context.
Her productions are a unique take on club-constructed house: simultaneously original and iconic, her tracks celebrate the freedom to be exactly who we are. As a disc jockey, she collects an impressive amount of secret weapons, unearthed in true sonic archaeology fashion in New York basements. One of her greatest pleasures is to share those finds with her crowd, with whom she builds a relationship based on trust and intimacy: to Kim Ann Foxman, each track counts on a set. She does not play fillers.
To complete her sonic painting exactly as she envisions it, she recently founded the label Firehouse. Inspired by her love of the New York house tradition, from freestyle to garage, this is yet another creative output where nothing is left in the realm of predictability. Her stance couldn't be clearer: "I want my label to represent music that isn't linear and boring. Firehouse is dynamic and weird".
Let's celebrate Kim Ann Foxman's good weirdness together - from the golden era of raw, aunthentic dance music to its more advanced, spot-on future, we can trust this guide's sense of direction.
- Inês Coutinho