Festa: Zabomba Vivendo De Truque
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Bandazabomba
Uma história, por Faoze Chibli
Rua Augusta, um dos disputados palcos de música alternativa em São Paulo (SP). Meio do show, mais de 2h da manhã. A casa recebe algumas centenas de pessoas, rotativamente. Em um dos climas, o som do baixo de Beto Boing parece cair do teto, segura a base precisa, hipnoticamente. Ele diz nunca improvisar ao vivo: "Minha onda fica na dinâmica, na hora de dar uma brecadinha". Com isso a banda brinca. Rapha Z., depois de disparar um refrão, toca caxixi e dança. Quase todo mundo dança. Paulo Passos explora silêncios para depois apunhalar com sua guitarra. Ele e Marco da Costa se olham fixamente.
O som da bateria dá a impressão de atingir os pés de quem está próximo. Tudo soa conciso e visceral. De tão intenso chega a ser furioso. Um senhor calvo e grisalho assiste com atenção desde o início do show. Vez por outra, olha em volta. Seu corpo se movimenta contido, mas compassado. Dois jovens se olham em expressão satisfeita: "É muito bom", confirmam veementes. Outro queria saber mais, surpreso com a qualidade das primeiras músicas que ouvia. A essa altura, já está em um transe ávido diante do palco.
Uma garota e dois rapazes, todos de cabelos compridos e camisetas heavy metal, antes céticos, agora balançam. E ficariam até o final - quando a intensidade e o groove de antes se mesclam a uma atmosfera jazzística, com participação de Bocato no trombone, e DJ. O público é cativo e a banda tem agenda freqüente no Clube Sarajevo há três anos. John, segurança da casa, começou lá depois deles: "Chega todo mudo perguntando qual banda que tá tocando. Falou que é o Zabomba todo mundo já sabe." Soraya, uma fã, espera para vê-los toda semana, desde agosto de 2005. Quinta, sexta, ou sábado, 2007. É temporada de lançamento do CD O Que Não Se Explica.
R$ 20,00 Entrada
R$ 40,00 Consumo